Se estudar fosse uma foice deixava tudo por ceifar.

Se uma cambada profundamente louca de Tuaregs sacasse ao mesmo tempo de uma faca eu fugia. Mas devagar... correr no deserto é difícil e os camelos não ajudam por só obedecerem aos tuaregs que vão a correr atrás de mim com facas. Nem o oásis já o quero, prefiro lamber o desprezo das palmeiras a lembrar gaivotas noutro dia em que menos facas e gritos. Gostava de encontrar um jeep que me levasse para um café-bar-concerto longe daqui em que as respostas às coisas se escrevessem sozinhas sem angústias. Sem bocados de fruta cristalizada na minha baunilha..percebes Tuareg? Não falas a minha lingua...só falas a lingua do sangue que me escorre da cara para esse penico de vender galinhas na feira da ladra. Diz-me uma coisa Tuareg? Podemos sentar aqui, certo? Diz-me uma coisa...tens roupa lavada? E é toda branca? Isto de conversar com as paredes tem que se lhe diga, quase tanto que se lhe diga como mudar de assunto sem ter que dar justificações. Hoje em dia somos todos prisioneiros do power point...todos não...menos os Tuaregs que não são susceptíveis a coisa nenhuma, à excepção de porco e roupa branca e coisinhas na cabeça embebidas em coisinhas. Vou-me sentar atrás daquela duna e acabou-se! Que espetem as facas todas no meio da minha preguiça! – Ai..nem pela vida o burro corre – disse a minha avó com a cara enrugada de tanto oásis..tem razão a minha avó, quase tanta razão como os Tuaregs, que embora perdidinhos por me fazer em almofadinhas de coisas árabes, não levam uma missão ao de leve. Portanto...das duas uma...ou tenho dinheiro para comprar as facas de toda a gente ou acho melhor começar a habituar-me à ideia de trincar os pedacinhos de fruta cristalizada que forem aparecendo...certo? É pena só agora ter percebido isso...os Tuaregs já não me largam.

cogumelos com quiabos

-3 dentes de alhos

-cogumelos portobello, ou outros, cortados como se quiser

-quiabos cozidos durante 5 minutos e cortados em pedaços

Enfiar tudo numa frigideira com azeite suficiente para saltear, temperar com sal refinado, e quando os alhos estiverem louros, está pronto!

A encher o bandulho desde 1979